Energia – Informação a economiza
Já pensou qual a influência no consumo de energia o Chiller pode representar no prédio ou indústria que você atua?
Em Shopping e Prédios comerciais o sistema de climatização pode representar 60%, e até 70% em edifícios com equipamentos com mais de 20 anos.
Veja o que pode influenciar para o aumento do consumo de energia:
1. Condensadores do Chiller com approach* alto influencia no aumento do lift (diferença de pressão entre a sucção e descarga) do compressor, aumentando seu trabalho e, consequentemente, o consumo de energia.
*Approach (aproximação) é a diferença de temperatura entre o fluído refrigerante saturado no condensador e da temperatura da água saindo do condensador.
O approach aumenta de acordo com a incrustação nas tubulação, materiais orgânicos da água, que circula dentro do tubo, deposita e incrusta o material na tubulação. Materiais comuns são de origem cálcica.
Há indicações em artigos da ABRAVA que a cada 1 °C de aumento na diferença de temperatura de approach, citado acima, há um aumento de 4% de consumo de energia.
2. Baixa carga de fluído refrigerante pode aumentar em até 53% do consumo de energia do equipamento:
Baixa carga de fluído refrigerante normalmente devido a vazamentos no circuito, por trincas por exemplo, ou carga realizada sem balança eletrônica calibradas, colocando carga erronia no equipamento.
O equipamento além de trabalhar por mais tempo, traz superaquecimento ao compressor que acarreta em diversos outras situações que podemos detalhar em outro artigo. Realizar o calculo de sub-resfriamento e superaquecimento do circuito já poderá identificar isso.
3. Sensor de temperatura com leitura errada influencia em média 3% a mais de consumo para cada grau de temperatura que esteja lendo errado.
Um Chiller que opera com setpoint definido para 7 °C, possui o sensor está com erro de 1 °C para cima, ou seja, a água poderá estar a 7 °C, porém indicará ao Chiller que está a 8 °C. Resultado, o Chiller opera por mais tempo aplicando mais energia para chegar a 6 °C para o sensor ler a temperatura de 7 °C, para então solicitar o desligamento ou redução de carga.
Entre diversos outros fatores como válvulas de bloqueio dando passagem entre outros.
Simulação:
Em um Chiller de condensação a AR, stardard (padrão), de 100TR compressor parafuso consome em média 1,1KW/TR, ou seja, caso carregado 100% consome 110KW hora. Imaginando que utilizaremos um aumento de consumo de 23% de energia, devido a sensor com erro de leitura, condensador com approach alto e carga de fluído refrigerante errada. O mesmo equipamento passara para 135,3 KW hora, simulando que:
Chiller com eficiência normal, approach de 1°C acima do nominal, carga nominal de fluído refrigerante e sensor temperatura calibrado:
Operação continua por 8 horas, 22 dias e 12 meses x 110KW hora = 232.320 kw ano x R$ 0,35/KW = R$ 81.312,00
Chiller com approach com mais de 5,5 °C acima da nominal, 80% da carga de fluído refrigerante e erro de 2 °C na temperatura de água, simulando 23% de aumento de consumo:
Operação continua por 8 horas, 22 dias e 12 meses = 285.753,6KW ano x R$ 0,35/kw = R$ 100.013,76 ano
Resultado: o Chiller consome R$ 18.701,76 a mais ao ano para entregar a mesma carga térmica. Imagine para locais com Chiller de capacidade maior e com mais equipamentos.
Então, o interessante é que antes de pensarmos em altas tecnologias nas centrais de água gelada precisamos cuidar das condições mínimas de operação: Sensores e transdutores calibrados, trocadores de calor limpos e abaixo de 2,2°C de approach, e superaquecimento e subresfriamento corretos.